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Viajar é sem dúvida uma das melhores experiências que alguém pode ter. Conhecer novos lugares, tomar banho de mar, fazer trilhas. Tudo isso ajuda a relaxar e recarregar as energias, não é mesmo? Até pouco tempo atrás, esse privilégio não fazia parte da realidade de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Mas com o turismo acessível tudo mudou!

A acessibilidade no turismo é uma questão social importante e que gradualmente vem sendo explorado no Brasil e no Mundo.

Atualmente são vários os pontos turísticos que estão prontos ou se estruturando para promover acesso fácil e seguro a todos. Ou seja, várias medidas estão sendo adotadas para levar o conceito do turismo de inclusão a mais lugares.

Assim, as pessoas com deficiência, seja ela física, auditiva, intelectual ou visual, terão o apoio de que necessitam para desfrutar das atividades turísticas como todo mundo. E, com isso, garantir boas experiências durante suas viagens. Ficou interessado? Quer saber mais sobre o assunto?

Acompanhe essa leitura e veja nesse artigo completo que preparei tudo o que precisa saber sobre turismo acessível. Confira!

O que é o turismo acessível?

Basicamente, o turismo acessível corresponde a um conjunto de práticas para inclusão de pessoas com deficiência em atividades turísticas. O objetivo com isso é garantir acesso fácil, seguro e com mais autonomia a turistas com algum tipo de deficiência.

Além disso, o turismo inclusivo também serve para beneficiar outros grupos de pessoas, como:

  • Pessoas com obesidade
  • Grávidas
  • Idosos
  • Pessoas com dificuldade de locomoção / mobilidade reduzida

Ou seja, por meio de práticas que favoreçam a acessibilidade no turismo é possível garantir oportunidades iguais e boas experiências a todos, sem qualquer distinção.

Por que acessibilidade no turismo é importante?

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Segundo dados do IBGE, o Brasil possui cerca de 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência.

Além disso, um levantamento do IBGE em 2020, mostra que 14,6% dos brasileiros tem mais de 60 anos. Isso sem contar nos 25,9% da população que é composta por pessoas obesas.

Esses grupos representam uma boa parcela da população que necessitam de lugares, serviços, produtos acessíveis.

Por isso, investir em acessibilidade é importante em vários segmentos e no turismo não é diferente. Afinal, as pessoas com deficiência são responsáveis por aquecer o setor de turismo em diferentes épocas do ano, por exemplo, em períodos de baixa temporada, que é quando os hotéis costumam ter ociosidade.

Além disso, este é um grupo que acaba gerando um efeito multiplicador, seja viajando com um cuidador, amigos, familiares, etc, ou ainda indicando esses lugares / serviços acessíveis para outras pessoas com deficiência. Sendo assim, as oportunidades de negócios envolvendo esse público se duplicam, triplicam em comparação a outros segmentos.

E o mesmo vale para as pessoas idosas, obesas e com mobilidade reduzida. Até porque todo esse grupo, na maioria das vezes, representa os maiores compradores de pacotes de viagens nacionais ou internacionais.

Sendo assim, fica fácil perceber o quanto se deixa de lucrar ao não incluir esse público em atividades turísticas. Seja investindo em transportes adaptados, comunicação acessível ou em outros quesitos que possam levar mais segurança e autonomia para todos.

Principais desafios do turismo de inclusão

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Para o público geral, ações como subir uma escada ou ler um cardápio de restaurante, por exemplo, pode parecer simples.

Mas, para pessoas com deficiência, práticas comuns como essas representam um verdadeiro desafio. Ainda mais quando não dispõem dos recursos e acessibilidade necessárias.

No geral, o número de destinos que abraçam o turismo acessível aumentou substancialmente nos últimos anos. Mas, ainda assim, existem lugares que não estão 100% preparados para receber pessoas com deficiência.

Isto se deve, em grande parte, à falta de conhecimento ou conscientização para tornar o turismo acessível uma realidade em seu cotidiano. A ausência de um estudo aprofundado sobre o perfil dos seus turistas e infraestrutura de baixa qualidade são alguns deles. E não são os únicos!

O baixo nível de informação sobre acessibilidade, assim como a qualificação reduzida dos funcionários sobre como atender as PcD e os poucos destinos com acessibilidade também complementam o conjunto de desafios do turismo de inclusão.

Analisando todos esses aspectos, fica fácil entender o quão “mais fácil” (pode parecer) é negligenciar o tema acessibilidade. Ainda mais no que se refere a opções de diversão, turismo e lazer.

Contudo é importante que se entenda o seguinte: a inclusão não deve ser vista como um ato de generosidade nem uma opção (eu escolho fazer ou não). Trata-se de um direito de todos e que o Estado e a sociedade como um todo, incluindo empresas privadas, devem garantir, conforme prevê o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Iniciativas voltadas para o turismo acessível

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Como país que abraça a diversidade e busca acolher a todos, o Brasil vem adotando algumas estratégias voltadas para o turismo de inclusão.

Uma delas é o chamado “Programa Turismo Acessível”, uma iniciativa do Ministério do Turismo. Seu objetivo é garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência em atividades turísticas. Para isso, o projeto investe em campanhas de conscientização.

Além disso, outras medidas também são implementadas para incentivar cada vez mais a acessibilidade no turismo. São elas:

  • Inclusão de regras de acessibilidade em projetos de novas edificações hoteleiras
  • Medidas que obrigam os estabelecimentos a adaptarem 10% de seus quartos para PcDs
  • Destinação de vagas reservadas exclusivamente para PcDs em hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos
  • Adaptações de espaços com instalação de barras de apoio, rampas e elevadores que facilitam o acesso de todos
  • Atendimento diferenciado para atender as necessidades especificas do público em geral. Seja com oferta de atendimento prioritário, atendimento com linguagem de sinais entre outras formas.
  • Treinamento e capacitação de funcionários para receber e ajudar pessoas com deficiência.

Mas atenção! Mesmo com todas essas medidas, é indispensável que você informe ao seu destino sobre sua deficiência. Assim, o estabelecimento poderá providenciar todas as adaptações necessárias para garantir a você uma excelente experiência.

Destinos que apoiam o turismo acessível dentro e fora do Brasil

Nenhuma deficiência ou limitação deve impedir você de viajar, conhecer novos lugares e ter bons momentos de laser.

Mas, a gente sabe que não são todos os lugares que estão prontos para receber pessoas com deficiência, não é mesmo?

Foi justamente por isso que decidi preparar essa lista com alguns destinos que incentivam o turismo acessível. Tanto no Brasil, quanto no exterior.

Assim, você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre cada lugar. E, então, poderá decidir qual será o destino da sua próxima viagem.

Confira a seguir alguns dos principais lugares e destinos que apoiam o turismo com acessibilidade dentro e fora do Brasil.

Pelourinho (Salvador)

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Definitivamente não tem como ir a Salvador e não visitar o Pelourinho. Situado no centro histórico da cidade, o local é repleto de ladeiras. Então já dá para imaginar a dificuldade que é para cadeirantes circularem por lá, não é mesmo?!

Mas então por que o Pelourinho se enquadra como uma boa opção para o turismo acessível?

Mesmo sendo tombado como Patrimônio Cultura da Humanidade, no Pelourinho foram feitas várias intervenções para melhorar a acessibilidade local. A criação de rotas acessíveis para garantir o direito de ir e vir a todos, inclusive a pessoas com deficiência é uma delas.

Na região, várias ruas foram alargadas e travessias em meio as famosas ruas de pedras foram feitas. Tudo para que cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida possam passear à vontade.

Estive em Salvador recentemente, você pode saber mais sobre turismo acessível na capital da Bahia aqui!

Bonito (Mato Grosso do Sul)

Com uma natureza exuberante e águas cristalinas, Bonito é um destino perfeito para adeptos do ecoturismo. É também um ótimo lugar para se aventurar em meio a trilhas, fazendo rapel, rafting entre outros esportes radicais.

E o melhor de tudo é que instrutores que participam dos passeios são treinados para garantir uma ótima experiência a todos. Inclusive pessoas com deficiência ou necessidades especiais. Além disso, práticas esportivas são adaptadas para que todos consigam realizar essas atividades com máxima segurança. Legal não é mesmo?!

Buenos Aires

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Um dos destinos internacionais que vale a pena incluir no seu roteiro de destinos com acessibilidade é Buenos Aires.

A capital da argentina oferece várias atrações para apreciar e atividades para fazer enquanto estiver na cidade.

Mas, o que chama atenção mesmo é sua infraestrutura com ruas amplas e rampas de apoio em todos os lados. Fora o transporte público que também não deixa em nada a desejar no quesito acessibilidade.

Além disso, por lá também é possível agendar visitas guiadas para PCD nos principais pontos turísticos de Buenos Aires. Sem dúvida é um destino que vale a pena visitar!

Estive na capital do tango e aqui te conto mais sobre essa experiência!

Nova Iorque

São vários os detalhes que fazem de Nova Iorque um destino perfeito quando se fala em acessibilidade. Para começar, suas ruas são largas e planas, o que facilita o deslocamento de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

Além disso, na cidade existe sinalização tátil e várias rampas de apoio, além de transporte público acessível.

Para quem deseja visitar os pontos turísticos principais da região como o Central Park ou a Times Square, o acesso é bem facilitando, havendo inclusive muitas vagas destinadas para cadeirantes. Ou seja, um exemplo de que a acessibilidade é o que precisamos para que todos possam se divertir de forma independente e segura.

Turismo Acessível na prática

Provavelmente até aqui você percebeu como o tema turismo acessível é bem amplo.

Temos alguns desafios, sem dúvidas, porém, muito mais oportunidades.

Existem modelos a serem seguidos, existem situações a serem tomadas como exemplos do que não fazer, mas acredito como turista com deficiência e consultora no tema que a prática é um dos fatores mais necessários para que tenhamos um avanço efetivo no tema, tanto aqui no Brasil quanto no exterior.

Portanto, agora você já sabe um pouco mais sobre turismo acessível e sua importância para a inclusão social. Então aproveite e compartilhe esse conteúdo com seus amigos e familiares. E amplie a conscientização das pessoas frente a esse tema tão importante!

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